quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Costura-me!

Costura-me as bordas porque estou a vazar todo o suor pelos poros da pele pela vontade de prender-me nas pernas tuas como uma devoradora de sonhos que olha dentro dos olhos e retira a retina com os lábios sem perfurar e sem te deixar cair apenas para cobrir a fome minha de ter-te por sobre meu ser me segurando quase como em dor ao me sentir ser tua na paralisia das horas móveis que teimam em passar e não nos deixar deitar nos cetins escuros de sua sala de espelhos escura que é apenas um reflexo das reflexões dúbias que causas nas psicologias minhas ao tocar-me com volúpia sem corromper ainda assim as vontades intrínsecas saciando meu desejo de colocar-me no topo da pirâmide tua e ser devorada como presa por sob um sol de deserto egípcio sendo Frida Khalo com seu sapo causador de dúvidas por amar tantas outras musas causando todos os dias febres nas intimidades úmidas de ambos os corpos.
Vem arrumar-me na cama tua como um lençol amassado pela manhã que começa ao sentir o peso de teu corpo por deitares e se estirares e se espreguiçares e me tateares por todas as noites incorruptíveis de amores nossos que nem mesmo aconteceram por não prestares atenção nos sinais das mãos minhas que te apertam e te afundam a pele para que fiques como as sinas minhas de desdobrar pensamentos contrários em tentativas de fugas contra a pessoa tua que me tortura sem o menor pudor e repudia durante as horas móveis já descritas e lentamente tictateadas no relógio da vida que teima em nos aproximar e distanciar com a mesma fome de um canibal que faz que vai me degustar todos os pedaços através de todos os contornos e embaraços sem nem mesmo colocar a boca nas costuras minhas que peço para que costures de volta e me devolva os pensamentos lascivos das horas que passei sob tortura tua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Solte uns gases você também...