quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Histrionismo

Ok, de duas uma: ou há pelo menos 95% de histriônicos no mundo ou eu tenho uma grande tendência a atrair essas pessoas. Como a primeira hipótese é improvável, fico com a segunda. Vou dar um desconto e confessar que eu não estou falando do transtorno de personalidade propriamente dito. Refiro-me àquelas pessoas que frequentemente adotam posturas histriônicas – vulgo xilique. Estou rodeada delas. E talvez – repito: talvez- exacerbe um pouco esse lado em quem tem essa tendência. Todo mundo deve conhecer alguém assim: torceu o pé e liga chorando dizendo que talvez nunca mais vá andar; bateu o carro e ninguém consegue ver o arranhão, mas o histriônico já acha que deu perda total; você faz um comentário e ele te olha como se você tivesse insultado alguém da família. Eu acho engraçado. Sério, minha primeira reação sempre é rir. Demoro a entender que realmente a pessoa está falando sério. Depois baixo meu tom de voz e peço pra se acalmar. Essas atitudes geralmente fazem com que a pessoa perca o pouco de equilíbrio que restava. Fica um pouco mais engraçado. Tá, talvez seja uma reação sádica, tipo jogar sal no sapo e ver ele se contorcer, mas eu nunca consigo evitar.
Certa vez minha namorada veio chorando a pé até a minha casa repetindo que estava gorda. Quando eu perguntei por que daquilo tudo ela respondeu gritando: “Não ta vendo? Olha a minha barriga, to imensa de gorda, eu fui me pesar na farmácia e to com ½ kilo a mais!”
E eu quase rindo respondi: “Nossa, e como que você não quebrou a balança?”
Claro que o resultado foi o término do namoro.
Mas isso não faz de mim um não-culpado. Também tenho minhas histórias histriônicas...
Quando eu era criança e me jogava no chão do shopping porque não podia comprar um brinquedo, minha mãe saia andando, sem dizer nada. Eu, então, me levantava, enxugava as lágrimas e ia atrás. Mas a diferença é que eu aprendi que fazer escândalo não é uma saída. Talvez seja isso que eu tente mostrar pra essas pessoas hoje em dia. Talvez não, talvez eu só ache engraçado mesmo.


Galera, esse texto foi escrito originalmente pela Camila Merighi(www.twitter.com/camilamerighi) e levemente modificado pela Le(Oniris). Muito legal ter participações aqui no nosso humilde brog.
That's all folks!

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