domingo, 26 de setembro de 2010

Solidão e Amor

Que memórias são essas que teimam em ficar quando tudo o mais já se foi?
A solidão...
Todos esses filmes em que se encontra a pessoa certa, os amigos certos, a cidade certa para então morrer em paz... O que é isso que andam pregando?
Porque de todos que eu conheço, ninguém anda caminhando em paz.
Por que temos essa necessidade de ter outro ao lado?
Será um prazer mundano que nos cega do nosso real propósito ou será o compartilhar, veja bem, Compartilhar da felicidade o que realmente dá sentido à vida?
Sempre encontrei os amigos que precisava. Será que isso me bastava?
Essa história de termos pessoas erradas, não há oportunidades erradas, desde que se saiba evoluir. Lição básica!
Mas afinal, e aquelas pessoas que não acrescentam nada? Será que somos nós quem não vemos o que elas têm a oferecer?
Quantas oportunidades de união são perdidas?
Cem anos de solidão, uma vida para regredir sozinho...
Queria poder ser como monges que não sentem a falta de amor de um único outro por sentir amor pelo mundo.
Até onde o amor é subjetivo ou de fato imensos laços tangíveis?
Quanta falta faz a mão do outro por sobre nosso peito ao dormir?
Alguém pra quem olhar e somente sorrir... Alguém só com quem compartilhar...
Vitórias, sorrisos, lágrimas, medos, fracassos, viagens...
De que adianta ter um mundo inteiro para ver se não há para quem mostrar?
Solidão, a coisa que nos faz questionar até onde somos auto-suficientes.
Deus fez Eva para Adão...
Mas acreditar que iremos encontrar a outra metade lá na eternidade é longe demais, tempo demais para se esperar.
Eu comeria minha maçã apenas para poder ver o outro...
E então poder conhecer cada pedaço de seu corpo como se fosse a primeira vez.
Como se ter saudade de algo que não pode ser saudoso?
E quanto mais o tempo passa mais nos agarramos aos amores do passado. Por quê? Pra quê?
O maior mal da solidão é quando temos alguém na frente, mas estamos tão cabisbaixos que já não conseguimos ver... Nem mesmo cremos que alguém seja capaz de nos querer.
Gostar de quem gosta da gente. Gostar de quem gosta de você...
Amar-se primeiro... Amar o próximo como a ti mesmo...
Será que tudo isso realmente basta?
Eu sempre me questionei até onde eu me bastava... E o que cresce aqui dentro é somente a saudade de alguém que nunca esteve ao meu lado.
E ai dizem para se olhar no espelho e falar para si mesmo "Eu sou lindo, eu me amo!", e aqueles que fazem isso encontraram alguém com quem compartilhar as palavras?
No final das contas o que conta nem mesmo são as falhas - os defeitos que afastam ou aproximam o outro -, mas sim a capacidade de encontrar alguém igual a gente.
Às vezes tudo o que a gente precisa é de alguém pra mostrar que ficar sozinho simplesmente não vale a pena, não vale nada.
Encontrar alguém que tenha a disposição de também nos olhar nos olhos todos os dias e nos ajudar a lembrar, com respeito, do que somos capazes e do que somos feitos...
...Amor...

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