terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um drink fatal

Convidei-a para tomar um drink. Disse-lhe que pusesse todos os seus atrativos na bolsa, pois aquela noite prometeria. Iria despi-la.
Acredito que ela foi achando que ia tirar-lhe a roupa com um golpe só, rasgar a calcinha e por ai adentraria seu corpo...
Meu plano era diferente, conhece-la.
Sentei no bar e pedi duas caipirinhas, uma de limão e uma de uva, além de uma dose de Red Label...
Logo que ela chegou de saia curta, imaginei o que poderia estar por debaixo. Mas tenho pensanemto treniado, dei a ordem pro little duds se acalmar, e acalmou.. Meu objetivo era outro.
Comecei logo servir a primeira caipirinha de uva... E engatei no primeiro papo da noite, sobre beleza! Ela disse-me que não se acha linda, que por isso sua auto-estima era baixa. Tudo caminhou seguindo o rumo da conversa que ela havia ouvido do cirurgião que iria trazer de volta sua auto-estima. Meche no nariz, põe seio, e tá resolvido o primeiro problema! Eu muito safo já saquei que nesse drink vai uma pitada de narcisismo e egocentrismo.
Chegou outra caipirinha na mesa, agora uma de Kiwi..Ela deu uma golada, eu dei outra.... Muito boa.. Nisso o papo rola pras festas que ela curti ir, vai em todas que a grana dá! São mto boas as festas, o pessoal sociavel alcoolizado, território de ninguém... Liberdade, desprendida dos sentimentos, até fria ela se disse. ]á esperto saquei pitada da futilidade.
Mandei descer mais uma caipora, tava quase tudo ali na minha mão pra que eu pudesse fazer o drink! Dessa vez veio uma de morango... Ela virou num gole. Fiquei pasmo. Continuamos o assunto sobre pessoas, e ela foi me mostrando que odeia os que invadem o espaço dela, que ela não quer escutar o que os outros tem a dizer, que não tem necessidade de afeto, beijo, sexo. A pitada de frieza pulou em meu colo nesse momento...
E por fim ela mesmo se antecipou e pediu um dry martini. Ao degustá-lo já com os olhos no meio fio, disse-me que curtia deixar os homens aproximarem seus sentimentos dela, para que ela pudesse erguer seu ego e tirar prazer da miséria dos seduzidos. O último ingrediente, o sadismo!
Ela debruçou-se na mesa do bar, como se tivesse colocado pro mundo externo tudo que a preencheu durante toda a sua vida, exceto sua dor, pois essa era presa até o último suspiro.
Era minha vez, preparei meu drink. Coloquei um licor de base, uma pitada de rum, e comecei a socar os ingredientes um a um. Primeiro o Narcisismo...bixo duro, demorou pra moer no liquidificador. Depois a frieza, coloquei a inteira na coqueteleira, acho q se desfaz a temperatura ambiente. Peguei a futlidade e taquei direto no drink pra que suas formas pudessem enfeitá-lo. E por ultimo triturei uma espécia de pedra que chora um leite vermelho, era o  Sadismo. Parecia sangue, mas coloquei dentro do drink mesmo assim....
Ficou lindo, uma obra de arte..
Enfim degustaria aquela mulher! Tomei coragem e tomei em um gole repentino...
Quase morri, era o pior gosto de mulher já sentido. Chamei um táxi, mandei-a embora...
Para degustar uma mulher por fora, deve-se degustar por dentro. A comida de fora te manterá vivo e com tesão. Mas o drink de dentro te fará ser um verdadeiro homem para aquela mulher. Quando o drink é ruim, as consequencias ficam no estômago de quem toma...
Portanto o drink que o interior de alguém pode te oferecer tornar-se-á um santo remédio, ou o pior dos venenos. Antes de conhecer a carne, tome um pouco do drink, vai te prevenir de comer carne estragada, o que dá uma baita diarréia...

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