segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mordidas e Rosnados...

Parece que tem hora que a cabeça da gente vira um pinico, né? Não qualquer pinico, um daqueles bem sujos e encardidos, em que parece que as manchas não saem e o cheiro só piora!
Enfim, andei refletindo sobre algumas coisas que me incomodavam, nas minhas atitudes e dos outros. Parei pra pensar e cheguei a conclusão que qualquer ser com vida tem impacto suficiente pra desestabilizar outro, se o mesmo permitir. É mais ou menos sobre isso que quero falar nesse post, sobre as técnicas das quais utilizamos pra desestabilizar, sejam conscientes ou inconscientes.
O animal antes de atacar, até para se defender, avisa que irá fazê-lo. Isso talvez seja parte de um instinto tão pré-histórico, de auto preservação, para que o outro se afaste sem que ocorra um embate que pode ser danoso pra ambos, ou mesmo por não ver necessidade de agredir, e tomar-lhe a vida em vão. Cada um o faz de sua maneira, uns rosnam, outros atiçam o guizo, outros vão bufar... Até ai o ataque não se concretiza, e pode ser premeditado tanto pela vítima quanto pelo agressor. Entretanto se a suposta vítima continua tendo a postura ofensiva provavelmente se dará mal.
Mais ou menos assim acontece com os humanos irracionais, vulgo eu! É amigo, eu sou bem irracional quanto a isso. Eu rosno muito, mas muito mesmo... E no final caio em contradição dentro da minha própria irracionalidade, pois não capaz de morder de verdade. Não que rosnar não incomode, mas é diferente da mordida em si! Melhor seria ignorar qualquer injúria, ou postura ofensiva, enquanto não sou capaz desse martírio me viro ora rosnando furiosamente, ora ignorando as porradas da vida.
O que mais deixa meus pensamentos absortos nesse tipo de questão, é o seguinte: Existem alguns de nós que são mais evoluídos. Algumas pessoas perderam esse instinto de auto preservação, seja porque perderam o medo de entrar em situações danosas, ou seja porque realmente não tem valores condizentes com aqueles que pregam as atitudes não prejudiciais ao semelhante. E daí surge a pseudo-evolução(digo pseudo porque esse tipo de gente invariavelmente toma no cu em algum momento da vida), a qual é composta por pessoas que mordem sem discriminar a necessidade do ataque. Até ai, um belo foda-se pra esse tipo de gente!
O problema ocorre quando somos atacados por quem parecia próximo sem nenhum tipo de aviso prévio, e essa mordida dói mais. Garanto que dói. Na natureza, em uma situação de perigo a descarga de adrenalina nos prepara para suportar melhor a dor durante uma fuga. Talvez o mesmo aconteça com sentimentos, somos impelidos a esperar o ataque e por isso algo faz com que a mordida doa menos, e seja em parte mais bem aceita. Tenso é quando a mordida vem sem nenhum preparo, vai te desestruturar na maioria das vezes.
Quando topar com esse tipo de gente tente assumir uma das duas posturas: Fuja desesperadamente sem olhar pra trás, ou devolva a porrada no mesmo nível. Só não faça como eu, não rosne somente. Em qualquer uma das duas situações ideais de devolução você estará ensinando algo ao vilão da história, seja por meio de desprezá-lo, ou seja ensinando na prática que as merdas que ele faz não ficam impunes.
De qualquer maneira, isso só me fez concluir que vou parar de rosnar, de nada adianta se eu não consigo ser vil e morder de volta, é tão prejudicial quanto morder, pois dá oportunidade para o vilão se fingir de ameaçado, e ofendido! Mas não posso esconder meu contentamento de ver um tipinho desse se foder ao levar na lomba depois de atacar sem aviso!

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