sábado, 16 de outubro de 2010

Obrigatoriedade no amor.

E quem falou que no amor existe obrigatoriedade?
Eu mesma nunca acreditei e ainda tenho muita relutância em aceitar o fato de existir um imenso preconceito velado quanto às características do par.
Amor não tem essa de rima, de flores, de idade igual, de jantares românticos.
Eu tinha um professor de filosofia (isso lá na época do meu cursinho ou terceiro colegial) que falava sempre uma coisa: amar é quando se quer mesmo nos piores momentos.
Ele defendia a tese de que quando se gosta de alguém (não precisa nem amar) deve-se encontrar esse alguém em seu estado mas crítico: nas horas de raiva, de tensão, de ridículo, de ansiedade, de desconforto, de pobreza, de ausência de espírito para saber realmente quais as virtudes e princípios que cercam aquela pessoa nos momentos do “vamos ver”.
Creio que seja isso mesmo, temos que enfrentar o “monstro” para termos certeza de que o “mocinho ou mocinha” existe de verdade quando se precisa. Conhecer o limite que nem mesmo o outro consegue ver ou controlar direito.
Talvez seja um pouco utopia, então ele falava uma coisa mais simples e fácil de ser praticada: se você gosta daquele carinha super gatinho que estuda contigo, vá num domingo vê-lo jogar futebol. Mas chegue no final, quando ele estiver bem sujo e suado, fedido e acabado, sem as roupas passadinhas, o perfume importado, e dê um abraço. E aos garotos a mesma coisa, vá ver aquela menina super linda e produzida logo pela manhã, ainda sem pentear os cabelos, com os fios todos soltos da maneira como deveriam ser, vá encontrá-la depois da academia, quando ela tiver realmente malhado bastante, quando ela também estiver suada e desarrumada, em estado crítico, e abrace-a. Se forem capazes de gostar do outro mesmo quando não estão perfeitos, todo alinhado ou toda maquiada, ai sim estarão mais perto do amor.
No amor não existem regras. Isso pode ajudar, por assim dizer.
O gostar - o amor - está nos olhos de quem vê, no coração que sente, no braço que afaga junto ao colo.
Não podemos nem deveríamos caracterizar o amor ao criar leis de que só se será feliz com alguém da mesma altura, do mesmo peso, da mesma raça, da mesma idade, da mesma crença, da mesma cidade, do mesmo país, da mesma cultura e assim por diante.
Ainda hoje eu ouço comentários baixos e risadas falsas de pessoas olhando um casal de negro com branco, ou de pobre com rico, ou de baixo com alta, ou de mais velho com mais nova...
E é muito triste porque essas pessoas perdem a chance de aprenderem uma das coisas mais importantes da vida: não são os opostos que se atraem, mas sim os semelhantes. Se um casal está junto é porque são iguais por dentro e conseguiram ver a essência um do outro.
Essas pessoas que julgam sem saber são cegas e frias de coração, porque se amassem de verdade saberiam isso – saberiam que quando se gosta, não importa a roupa, o cabelo, o estado físico, a conta com ou sem dinheiro, mas sim os princípios, valores e virtudes que nos aproximam quando também ficamos sem visão de mundo.

3 comentários:

  1. aahahahha..
    Vai vender horrores Lya Luft! aahuauahuuah

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  2. obrigada!!!!!!!!!!!! =D kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    confessa, desse vc gostou mais do que dos outros. falaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    fã de lya!
    nosa.
    fãdelya... q sonoridade boa... fãdelya.
    parece pãodeló.
    fãdelya... pandemia.. enfim.
    lalala

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  3. pq quando eu leio esse texto dá vontade de rir?

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