sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Empatia

Outro texto médio-nível tipo Lya Luft da vida...Ou Martha Medeiros... É, eu tenho a intenção de fazer um livro que um dia dê pra ganhar dinheiro.

É engraçado como vira e mexe, na vida, encontramos pessoas que conseguem nos passar uma clareza muito maior do que imaginávamos ao começar a conversar.
Hoje fui até a casa de um casal muito simpático, duas pessoas boas e de mentes estruturadas – cultas, inteligentes, centradas.
É claro que a primeira reação de qualquer um na rua seria: Imagina, esses dois são no mínimo loucos. Isso porque a sociedade julga através das roupas pretas ou de couro.
Eu não faço isso, aliás, foi por venderem esse tipo de material que fui até lá.
Acabou que conversamos sobre tudo um pouco: literatura, música, pessoas, pensamentos, amor, sexo, homens, mulheres e maluquices em geral.
Demorei mais do que deveria e para minha surpresa me peguei sendo tão facilmente compreendida que me encantei!
Foi isso, a identificação. Como ela é maravilhosa.
Não por pensar igual, nem nada do gênero, mas por ser tratada como gente e ter as idéias respeitadas.
Papo vai papo vem, contei sobre meus casos amorosos.
Um bem conto de fadas e outro sem final feliz.
Mas achei curioso que eles me deram uma perspectiva sobre algo novo: eu de mim.
Achamos que sempre temos ligado o botão da empatia – o colocar-se no lugar do outro, mas na verdade não temos.
Eu não tinha, mesmo tendo passado meses falando que eu e mais outra pessoa nos parecíamos muito(!) nunca cheguei a de fato me colocar na posição dela.
Então naquele instante eu parei e me dei conta da coisa mais simples do mundo: ver as coisas sob o ponto de vista do outro.
Se somos tão parecidos, o que me afetar, afetará o próximo, e o que não me afetar, será encarado compreensivamente, com respeito, sabendo que há respeito, mesmo quando uma situação chega ao extremo.
Tudo bem que, no meu caso, não faço nada por pensar demais – quem me conhece sabe, eu penso até entrar em depressão ou desistir da coisa, porque acho que qualquer iniciativa que eu tenha será inútil ou tomada como uma atitude agressiva demais para aquele momento. Exagero.
“Faça com a pessoa o que gostaria que fizessem com você”, como andei tentando praticar isso... Cegamente me peguei tateando em suposições desnecessárias.
Demorei tudo isso pra enxergar o óbvio.
Eu faço com o mundo aquilo que desejo ter de volta. Principalmente se, como no caso, a pessoa é igual a mim.
Mas sim, esqueci dessa regra básica.
Empatia não é algo fácil de ser trabalhada, daí acontece isso...
Nos esquecemos que devemos agir – não impulsivamente sem pensar nas conseqüências -, mas com o mesmo nível de respeito que gostaríamos que tivessem caso fossem fazer aquilo com a gente.
Faça das suas ações um espelho para que um dia possa ter tudo isso refletido de volta.
Quem sabe.
O importante é tentar!

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