segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ahhhhh Dell...



Um cão. Foi assim que defini o Dell pela primeira vez...
A verdade é que antes de ser um cão, o Dell foi pra mim um impulso. Eu, como sempre, em um momento de
tristeza pseudo revoltosa quis mandar o mundo a merda, e cheguei a milésima vez na mesma conclusão: - Pessoas não prestam, quero um cachorro!
Assim o Dell veio parar no meu carro naquela quarta feira pós plantão, pós prova, pós aula, pós apocalíptica, pós revoltosa. Quando me deparei com aquela bola branca, só me veio um pensamento: - Cão!
Primeiro, o cão ganhou nome: Dell. E a partir daí esse nome seria aquele que mais ecoaria na minha cabeça. Ainda durante a viagem fui presenteado pela primeira vez: Um vómito, e um xixi! E me deparei pronunciando a frase mais famosa dita por mim um dia: - Ahhhhhhhh Dell...
Confesso que enquanto definido como Cão, ou como Dell, pensava diariamente em devolvê-lo, vende-lo, transformá-lo em sabão, ou qualquer coisa que me livrasse dos intermináveis festivais de xixis, chinelos destruídos, ou ainda buracos no sofá! O Dell comeu (come ainda) qualquer tipo de coisa, animada ou inanimada, seja uma lagartixa, ou seja uma moeda(?), e a cada vez que isso acontecia eu me via pronunciando a famosa frase: - Ahhhhhhhhhh Dell... Era tudo tão estranho, de alguma forma aquela bola de pelos brancos só bagunçava a minha vida, mas alguma coisa me impedia de me livrar daquilo que eu mesmo havia procurado.
A solução era conviver com o problema, para isso eu e o Dell mudamos. O Dell deixou de ser só Dell, e virou Porco, Delicious, Demônio, etc... Eu deixei de ser só eu, e me tornei pai, amigo, dono, responsável. A cada dia que passava, eu aprendia a duras penas as lições que ele me ensinava, fosse através da malcriadeza, ou de "dar a patinha" quando eu pedia. Fato é que nos tornamos uma dupla. É incrível como vejo parte dos meus comportamentos nele, minha teimosia, meu gênio forte, minha determinação. Por outro lado, ele se tornou parte de mim, me vejo cada vez mais sendo carinhoso, e paciente, coisas que o Dell me ensinou.
Hoje, ainda nos estranhamos, seja pelo fio mordido do computador, seja pela minha mania incontrolável de tentar mantê-lo limpo. E, é claro que eu ainda olho para ele quando estou bravo e digo: - Ahhhhh Dell.
A diferença é que ele me responde com a cara mais arteira do mundo, e late! No fundo, fui eu que aprendi a ouvi-lo.

2 comentários:

  1. duds. eu que tava devendo um texto sobre o dell neh.
    desculpe, querido, mas vou continuar devendo por um tempo.
    ainda mais após a morte da susi.
    realmente ainda to segurando o choro quando vejo outro bichinho.
    quase chorei hoje com o leo la na casa dele.
    enfim. me mantive forte, como sempre. aff. enfim
    um dia passa. beijos! e cuida bem o dell, a gente nunca sabe.

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