quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Santuário

É como se o prenuncio do seu toque trouxesse chuva a aridez dos meus sentimentos. Então o ar ao redor umedece e me beija os lábios, antes mesmo dos seus me tocarem.
Aos poucos sinto a distancia entre a soleira da porta e o calor da cama diminuir. Como se o mundo se apequenasse tanto, sendo capaz de caber em um só cômodo da casa.
Nunca imaginei que seria assim.
Talvez não quisesse cogitar a hipótese de que a felicidade não se resume a laços eternos, mas está contida em momentos. Elaborar o fato de que algo pode não durar, tornava-se doloroso para alguém com necessidade de pisar no chão descalço só pra sentí-lo, agora parece natural. Tão natural.
Quando você para de fazer as perguntas erradas, deixa de receber as respostas que não precisa.
No sussurro risonho ao pé do ouvido te ouço. Mais perto, mesmo ao flutuar. Pairando na minha frente como cores dando vida ao momento.
Está aqui, novamente.
É então nos seus braços por de baixo do meu abraço que eu encontro meu santuário...

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